A moça ao meu lado me cutuca no braço: se oferece a levar o que levo nas costas. Vai ela sentada e eu ainda de pé, a mochila em seu colo, e algo mais entre nós. Até onde se estende esse laço de fé? Olho pela janela e avisto mais alvos, todos acorrentados a essa ordem do dia… Nossa vida é ditada por quem nos põe na mira; e malvista é a revolta, não a normalidade. Tome tento, garoto! Não responda a ninguém. Não reage, se esconde, finge mesmo de morto. A lição da minha mãe se repete diária. E ressoa na mente. E ecoa em meu corpo.

levo minha mãe comigo
de um modo inexplicável
levo minha mãe comigo
porque, meu pai, eles levaram

► Seguir com plano.

► Qual é o plano?