Hoje eu atravesso a cidade. Vou cuidando em não sonhar demais. O percurso é longo e pede trilha sonora; tão somente num ouvido é que deixo rolar… No outro, eu me atento ao instante, ao meu corpo no mundo, a esse sol de rachar. O ponto de ônibus vive cheio do atraso, do descaso com a vila e minha santa paciência. Me distraio pra dentro, na rotina da espera; e já na ponta da língua, minha musa desperta: Isadora, Isa agora, Isa a duas horas de mim...